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COMO É BOM TE BEIJAR

Como é bom te beijar, pois, ao fazê-lo, percebo como foi sábio ter me dirigido a ti assim que te vi, ter mentido que gostava de Chico só pra ficar contigo, depois te namorar pra, finalmente, casar. Quanto mais longe fica aquela noite, mais próxima de hoje ela está, mais presente que a notícia mais recente e mais bela do que uma florescente manhã de primavera. Como é bom te beijar. Teus lábios aconchegantes foram e são a chave para o que é mais precioso: o amor que temos um pelo outro, que fazemos um com o outro e que geraram as riquezas mais valiosas do que a soma de todo o ouro encontrado em toda a história: a Amélia e a Glória. Como é bom te beijar. A cada vez que trocamos sabores, algo muda em mim, um começo que me conduz a outro, nunca a um fim, afinal, depois do nosso "sim" dito no altar, juramos para sempre lado a lado caminhar. A estrada foi e sempre dura será, mas ela também  sempre trouxe muita beleza entre algumas tristezas, e assim seguirá, com a certeza de que Deu
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COADJUVANTES DA ESTRELA

  Quem é o protagonista da sua vida? A pergunta já traz a resposta, afinal, se a ideia é saber algo da SUA vida, então é claro que o protagonista da SUA história é você. Porém, nem eu, você ou qualquer outro chegou até aqui sozinho, mas com a ajuda, direta ou indireta, de amigos e familiares. Se não fossem os astros coadjuvantes, não seríamos estrelas.   Pois até a estrela das estrelas teve os seus coadjuvantes necessários. Claro, no seu caso, nenhum deles seria imprescindível para ELE próprio, mas o plano perfeito envolvia não “apenas” a sua glória, mas os seus ensinamentos. Para que o testemunho de sua história, palavras e ações fosse plenamente compreendido e transmitido, haveria a necessidade de outros personagens que não fossem somente o principal. Entre eles, os próprios animais!   E é do ponto de vista deles que se desenvolve o enredo de “A Estrela de Belém”. Disponível na Netflix, a animação conta a história de Bo, o jumento que, puxado pelas rédeas por José, viria a transp

A MISTERIOSA VISITA DO PAPAI NOEL

  O natal de 1993 foi o último em que o Papai Noel me visitou. Foi emocionante, embora ele não tenha topado me levar para um passeio nas suas renas, afinal, elas estavam doentes, restando ao barbudinho rechonchudo distribuir presentes pelo mundo a bordo de um velho Passat amarelo emprestado de um amigo seu.   Meses depois, às vésperas da Páscoa, a professora Daurivete, não sei porquê, falou aos alunos da sua turma da Terceira Série do Colégio Mãe de Deus, eu entre eles, que Papai Noel e Coelhinho da Páscoa não existiam. Aquilo foi um choque para mim. Certo, eu até desconfiava que a história do Coelhinho era um pouco forçada, mas sempre fui um crente no Bom Velhinho. Defendia sua existência com unhas e dentes e sempre me exaltava nos debates, tamanha minha convicção.   Porém, o peso da autoridade da professora era grande e, naquele dia, ao chegar em casa, recorri a uma instância superior: “Mãe! Diz a verdade: afinal, Papai Noel existe ou não?”. Ela sorriu piedosamente, fechou os olh

NOITE FELIZ FORA DAS TRINCHEIRAS

    Entre tantos horrores e traumas, aconteceu na Primeira Guerra Mundial um evento isolado, mas absurdamente insólito e inspirador. Um fato tão bizarro quanto lindo, e não seria exagero dizer que se tratou de um verdadeiro milagre de natal, talvez o maior deles desde o próprio nascimento de Cristo.   A conhecida “Trégua de Natal de 1914” ocorreu em diferentes partes do front de batalha, e um dos seus mais famosos armistícios se deu nos arredores de Ypres na Bélgica, quando, na noite de natal, alemães decoraram suas trincheiras com pinheiros enfeitados e começaram a cantar, ao que os adversários, no lado oposto, responderam, com suas músicas. Por vezes, uniam suas canções às do “inimigo”, mas cada um no seu idioma. A melodia foi o convite para a paz e, assim, ambas as forças baixaram suas armas e se uniram para lembrar o nascimento de Cristo, com direito a comida, bebida, louvores e missa ecumênica celebrada simultaneamente por um padre escocês para britânicos, franceses e alemães.

CORRAM PARA AS CATACUMBAS!

  “Aquele cujo nome não deve ser pronunciado”, e cujos adjetivos baseados em fatos nos é vedado utilizar, foi eleito presidente. Notícia perfeita para um amanhecer de Dia das Bruxas. Eleições limpas ou fraudulentas? Tenho minha opinião, mas ela pode ser equivocada, irrelevante, ofensiva, talvez até ilícita ou criminosa! Vai saber? Por isso me abstenho de falar qualquer coisa.   Pois esse é o aperitivo do que nos espera nos próximos anos. Se o grupo da estrela amarela sobreposta ao vermelho-sangue conseguiu judicialmente censurar indivíduos e veículos de comunicação sem sequer ocupar um lugar na Praça dos Três Poderes, receio muito pelo que virá agora que eles terão a cadeira presidencial.   A vedação à liberdade de expressão não é mais uma ameaça, mas uma realidade cujo aperitivo sentimos de maneira bruta na última quinzena de outubro, tudo sob a chancela da nossa Máxima Corte. Infelizmente, empresas como Jovem Pan, Brasil Paralelo, Gazeta do Povo e Revista Oeste serão sufocadas e,

O LUGAR ONDE PERTENCEMOS

  Muitos dos supostos sonhos que temos não são, na verdade, nossos, mas foram criados por elementos externos que o tempo todo nos iludem para que busquemos um lugar ao sol. Porém, será que já não o encontramos?   A resposta a essa pergunta é o segredo da verdadeira felicidade, e saberemos que ela foi honesta se feita com base na paz, satisfação e segurança a respeito daquilo que se está vivenciando.   Há paz quando percebemos que a vida é como deveria ser, não num sentido determinista, tampouco comodista, mas reconhecendo-se as consequências de escolhas, o que as guiaram e aquilo que se entende como valoroso.   A satisfação está na percepção de que os elementos que integram nossas existências, com suas agruras e conquistas, em um contexto de inevitável imperfeição, preenchem nossos espíritos em abundância. Embora sempre possa haver um “algo mais”, a satisfação está em justamente saber que os sacrifícios para obtê-lo simplesmente não valem a pena.   Por fim, sente-se seguro aque

FADADOS À EXTINÇÃO? NÃO HOJE.

  “Top Gun: Maverick” não é simplesmente excelente, mas se apresenta como uma aula de sabedoria. Isso é revelado logo no início da obra, quando o protagonista ouve de um superior, encenado por Ed Harris, que pessoas como Maverick estariam fadadas à extinção. O herói responde: “Pode ser. Mas não hoje”. A frase é proposital e provoca uma resistência que não se limita ao personagem interpretado por Tom Cruise, mas às virtudes que ele representa.   Por vezes, sentimo-nos agredidos por um mundo que promove supostas certezas claramente desconexas da verdade que testemunhamos e sentimos. Parece que, se não nos adaptarmos a ideias apresentadas como modernas, estaremos fadados à penúria, ao exílio ou, até mesmo, à morte. O filme, no entanto, nos lembra que, embora, de fato, talvez seja esse o nosso destino, resistir a isso é uma imposição das virtudes que nossos espíritos genuinamente demandam. Quais?   O filme responde: coragem, realismo, humildade, companheirismo, confiança, amor, perdão,